A qualidade está presente na vida das pessoas desde o início da humanidade, tanto na criação de um tacape como na descoberta do fogo. Na idade média o próprio artesão decidia se um produto tinha qualidade ou não, ele planejava, fabricava, inspecionava e vendia.
A evolução industrial trouxe a divisão do trabalho e aumento da produtividade, com isso houve a necessidade de controlar e inspecionar o processo de produção com o objetivo de garantir a qualidade do produto final.
1. Era da inspeção
- Produtos são verificados um a um.
- Cliente participa da inspeção.
- Inspeção encontra defeitos, mas não produz qualidade.
2. Era do controle estatístico:
- Produtos são verificados por amostragem.
- Departamento especializado faz controle da qualidade.
- Ênfase na localização de defeitos.
3. Era da qualidade total:
- Processo produtivo é controlado.
- Toda a empresa é responsável.
- Ênfase na prevenção de defeitos.
- Qualidade assegurada; sistema de administração da qualidade.
Um trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação do produto por inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade de seu serviço.
2ª etapa (1918) - CONTROLE DA QUALIDADE PELO SUPERVISOR
Um supervisor assumia a responsabilidade da qualidade referente ao trabalho da equipe, dirigindo as ações e executando as tarefas onde fosse necessário e conveniente em cada caso.
3ª etapa (1937) - CONTROLE DA QUALIDADE POR INSPEÇÃO
Esta fase surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças, componentes, ferramentas e outros estão de acordo com os padrões estabelecidos. Deste modo seu objetivo é detectar os problemas nas organizações.
Após a 2º guerra mundial a qualidade tomou novas diretrizes, no qual novas ferramentas foram desenvolvidas pelos grandes nomes da qualidade (conhecidos como “gurus da qualidade”) para melhoria dos processos, mostrando que a qualidade não está limitada apenas ao processo produtivo, mas no envolvimento da direção, dos colaboradores, satisfação do cliente e fornecedores.
4ª etapa (1960) - CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE
Esta etapa ocorreu através do reconhecimento da variabilidade na indústria. Numa produção sempre ocorre uma variação de matéria-prima, operários, equipamentos etc. A questão não era distinguir a variação e sim como separar as variações aceitáveis daquelas que indicassem problemas. Deste modo surgiu o Controle Estatístico da Qualidade, no sentido de prevenir e atacar os problemas. Surgiram também as sete ferramentas básicas da qualidade na utilização da produção: Fluxograma, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de Controle. Esta etapa permaneceu restrita às áreas de produção e a nível de chão de fábrica, se desenvolveu de forma lenta e é aplicada nas organizações até os dias de hoje.
5ª etapa (1980) - CONTROLE DA QUALIDADE
A qualidade passou de um método restrito para um mais amplo, o gerenciamento. Mas ainda continuou com seu objetivo principal de prevenir e atacar os problemas, apesar de os instrumentos se expandirem além da estatística, tais como: quantificação dos custos da qualidade, controle da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeitos.
Através desses novos conceitos se percebeu a necessidade de criar normas para padronização dos processos indústrias, a partir deste ponto em 1946 representantes de 25 países reuniram-se em Londres e decidiram criar uma nova organização internacional, com o objetivo de "facilitar a coordenação internacional e unificação dos padrões industriais". A Organização Internacional para Padronização (ISO - International Organization for Standardization), iniciou oficialmente as suas operações em 23 de fevereiro de 1947 com sede em Genebra, na Suíça.
Desse ponto em diante foram criadas várias versões da ISO, tais como: 9000, 9001, 14001, 18001, dentre outras. As mesmas podem ser alteradas em intervalos de cinco anos ou novas versões podem ser criadas a depender das necessidades de cada época.
As próximas postagens serão direcionadas aos Gurus da qualidade, pessoas que transformaram a qualidade em um fator fundamental para o bom desempenho de uma organização.







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